25.9.11

Cartilha Sobre o Bullying

O texto a seguir foi extraído do site do CNJ, convém destacar a importância da preocupação revelada com a publicação de importante material. Aliás, motivo este que me faz colaborar com a divulgação de tão oportuna iniciativa.
Contudo, não poderia negar a fazer algumas observações que creio mereçam atenção.Tenho ressalvas quanto a duas questões abordadas na anunciação deste material.
O Primeiro é o que diz respeito à culpabilização do jovem que pratica o Bullying, como se este fosse uma mente perigosa, pois ainda que hajam análises que revelem algumas questões nesta direção é fundamental que entendamos a variáveis que interferiram na formação deste sujeito e então baseados nos dados referentes a ambiência cultural, capital cultural, arcabouço familiar... Posteriormente e somente de posse destes elementos poderíamos aferir algumas assertivas, ainda possíveis de equívocos, que apontariam o grau de autonomia por parte do jovem, ou não, na prática destas ações.
E o Segundo que igualmente me incomoda é a lógica da formação dos diversos atores que agem na escola como elemento capaz de sanar eventuais problemas, como se estes problemas tivessem a sua solução apontada em relação ao conhecimento deste problema em si. Em outras palavras, o caminho para a solução de problemas como o Bullying está diretamente ligado ao investimento que o estado faz na Educação, ou seja, tivéssemos mais profissionais que cuidassem do entretenimento, atividades esportivas, passeios, atendimento psicológico, estruturação do espaço físico escolar dentre outras atividades, certamente teríamos um ambiente educacional mais interessante e que permitiria identificar diversas situações que teriam como desdobramento diversos problemas dentre os quais se incluem o bullying e não a ideia de que, na medida em que conhecêssemos o problema, fosse ele o Bullying, ou não, seríamos capaz de criar condições para evitá-lo.

A seguir o texto oficial do Site do CNJ;

Com o objetivo de aproximar o Judiciário e as instituições de ensino do país no combate e na prevenção dos problemas que afetam crianças e adolescentes, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) coordena o: Justiça nas Escolas - em parceria com as Coordenadorias de Infância e Juventude dos Tribunais de Justiça de todo o país, associações de magistrados e órgãos ligados à educação.
A proposta do programa é debater temas como combate às drogas, bullying, violência nas escolas, evasão escolar, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e cidadania, com a participação de juízes, professores, educadores, técnicos em psicologia e serviço social, alunos e pais e demais interessados. Por meio dessas discussões, busca-se  estimular o trabalho articulado entre as instituições de Justiça e de Educação.
Bullying
Entre os trabalhos que foram desenvolvidos, o CNJ lançou a CARTILHA JUSTIÇA NAS ESCOLAS - BULLYING, que trata da violência física ou psicológica contra pessoa capaz de se defender.  O livreto pode ajudar pais e educadores a prevenir o problema do bullying nas suas comunidades e escolas. A autoria da publicação é da médica psiquiatra, Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva, que também escreveu o livro “Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas” sobre o mesmo tema, que prejudica a vida social de milhares de crianças e adolescentes no mundo todo.


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