A ideia da Violência
escolar quase sempre está associada à indisciplina do aluno, ou seja, pouco se
discute em relação à violência escolar praticada pela escola. Costumo indagar
sobre a postura excludente, classificatória, meritória da escola que reproduz
nos resultados obtidos no seu sistema binário classificatório as mesmas
relações de reprovação apresentadas na sociedade, nesta oportunidade as
relações de gênero, etnia, condição sócio-econômica são elementos semelhantes
na caracterização dos reprovados da escola. Ao se discutir a violência na
Escola é preciso ter a ousadia de se refletir sobre a violência da escola, caso
contrário, incorreria no erro de não discutirmos os horizontes que compõem o
universo escolar na atualidade. Novas drogas, novas realidades sociais,
massificação da matricula escolar são alguns dos elementos que criam um cenário
propicio a apresentação de uma realidade mais violenta. Pois bem, o fato é que
a simples identificação da violência praticada somente pelo(a) aluno(a) revela
uma percepção condenatória em relação ao corpo discente, urge a necessidade de
se repensar as práticas pedagógicas, bem como, rever a culpabilização desta
dinâmica.
Algumas iniciativas pedagógicas
caminham na direção de mudar esta relação excludente, classificatória e
meritória da escola. A educação baseada nos ciclos pode ser uma destas
iniciativas, assim como podemos pensar em práticas pedagógicas inclusivas,
ainda que na escola tradicional. Associar a prática pedagógica a uma dinâmica
cultural, social, esportiva, lúdica... Não é necessariamente uma característica
de um ou outro modelo pedagógico, porém pode revelar a intenção de uma
iniciativa pedagógica. Posteriormente, vou adensar este texto, por ora é
suficiente para travarmos um bom debate.
Prof. Antonio Futuro
http://www.youtube.com/watch?v=gTqTmVSmBKs
Prof. Antonio Futuro
http://www.youtube.com/watch?v=gTqTmVSmBKs
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