Por: Antonio Futuro
A essência da busca
pela mudança não é matéria acadêmica, é desejo pessoal, ela não faz parte de seu
currículo, e sim de seu coração, de sua indignação e consequentemente de suas
ações. É ela que impulsiona sua prática de vida e, em última análise, é ela que
vai determinar a sua prática profissional. Ou seja, a essência ocorre à revelia
de sua prática profissional, e é ela inclusive quem vai dirigi-la.
Não se aprende
indignação na escola. Ou você se incomoda com as injustiças, ou não. Isto é a
sua essência. É preciso indignar-se com as injustiças, é preciso não ter receio
em eventualmente abrir mão de ganhos individuais em prol de uma luta mais ampla.
É ser um eterno
militante das lutas de classe, cada um a seu modo, com suas ferramentas, mas
sobretudo com suas indignações, com suas emoções.
Em dado momento
esta opção pode parecer démodé, antiquada, retrógrada... Mas dane-se o
mundo e seus julgamentos tolos, pois o que move um indignado é o desejo da luta
pela mudança. Somente quem tem esta convicção poderá ser um educador
transformador. Somente os que colocam a luta pela mudança acima de qualquer
conquista pessoal é que poderiam usar palavras de efeito em seus textos, em
suas páginas pessoais, no rodapé de seus livros, em suas conversas, nas
camisetas que vestem... Pois estes possuem a essência da busca pela mudança, e
então podem compreender o verdadeiro sentido de usar a Educação para
transformar.
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