É comum professores anunciarem que determinado aluno é resistente a aprender, que está por sempre repetir um ato de indisciplina, desvio ou violência. A repetição parece ser algo que interroga o professor. Mas será que o sujeito resiste mesmo à aprendizagem ou ao saber? Será que ele resiste a verdades de seu desejo? Para isso, vale entender melhor a expressão freudiana de amor à verdade e percorrermos um pouco mais suas idéias sobre resistência, transferência, repetição e mestria. O texto propõe, ainda, um retorno ao acontecimento do cotidiano da prática docente, interrogando-o com base na demanda de amor transferencial, bem como no postulado hegeliano, rearticulado por Lacan, sobre o senhor e o escravo. E no decorrer deste o Prof. Antonio Futuro adicionará alguns exemplos destas situações cotidianas. Pretende-se, assim, refletir sobre o trabalho pedagógico calcado no amor à verdade, para além do saber formal, e desenhar saídas possíveis para o impossível de educar.
A experiência nos testemunha o abuso de interpretações imaginárias que a gramática escolar antecipa aos seus educadores. As fronteiras impostas à prática pedagógica incitam seus profissionais a tecerem, via de regra, bizarros saberes sobre comportamentos duvidosos dos alunos, sobre seus insucessos escolares, sobre a depreciação da relação pedagógica etc. Uma dessas interpretações reanimadas cotidianamente frente aos problemas ou dificuldades de aprendizagem é a da resistência. Educadores, de um modo geral, não economizam em seus discursos falas que indicam a “resistência à aprendizagem” como o fator principal do fracasso escolar de determinados alunos. Para superar essa resistências, os mesmos educadores mostram-se redentores e providenciais ao prescreverem alterações metodológicas, mudanças de postura, aproximações afetivas e outros gestos que se tornam inócuos em grande parte das vezes.
O complexo contexto social e cultural no qual se inserem os personagens pedagógicos por si mesmo já induz fatores como a resistência a emergirem na cena escolar. No entanto, passamos a interrogar a resistência com base numa modalidade radical que, dramaticamente, surge nos aspectos relacionais do discurso pedagógico. Ou ainda: que surge na descontinuidade ou no reverso de positividade desse discurso. Nesse sentido, caminhamos rumo ao desvio, antes da reflexão; rumo ao ponto de falta, antes do amor ao saber - ponto no qual o social se declina.
A psicanálise tem algo a dizer sobre a resistência (ainda que longe de assemelhar a resistência à aprendizagem ao dispositivo freudiano). No tratamento analítico, essa resistência surge como efeito da transferência sujeito-analista cuja forma é a do amor. O amor, afirma Lacan (1985), é, sem dúvida, um efeito de transferência mas em sua face de resistência. Dessa forma, estabelece-se o meio pelo qual se interrompe a comunicação do inconsciente, ou seja, pelo qual o inconsciente torna-se a fechar. Freud (1912) anuncia que o único modo de superá-la é através da elaboração e não a partir de reflexões, construções ou interpretações imaginárias. Aliás, a interpretação em análise está sempre sujeita a esse efeito de transferência, ainda que reconheçamos ser essa transferência a responsável pelo “fechamento” do sujeito ao efeito da interpretação.
Assim, o amor (sem reduzi-lo ao modelo cortês medieval, que ideologicamente impregna nossos chorosos folhetins) resiste até mesmo à interpretação, garantindo a perpetuação da transferência. Todas as associações do sujeito passam a ser tomadas pela transferência que satisfaz a resistência, amalgamando enfim o inconsciente.
A resistência à aprendizagem, embora distinta da resistência analítica, merece a meu ver alguns cotejamentos com a última, já que ambas sublinham o dispositivo da transferência.
Um bom exemplo que elucida esta situação pode ser visto quando um(a) aluno(a) vivencia no processo pedagógico a imposição a um modelo cultural que ele(a), em principio não concorda, ou não tenha tido contato ao longo de sua história de vida. Uma imposição de comportamento, regras exaustivas de horário de estudo, negação ao direito da ludicidade... São alguns dos exemplos que podem transferir para a relação com a escola a percepção e a consequente continuidade do proibitivo, o impositivo, o não fazer isto ao fazer aquilo. Deveres de casa, reuniões de pais, quando eles sequer existem, ao menos na forma tradicional. A resposta consciente motivada por uma negação inconsciente é muitas vezes apresentada através de um comportamento arredio, seguido de desrespeito, violências e negações.
(comentário Prof. Antonio Futuro)
“Aprender é aprender com alguém”, declara Kupfer (1992, p. 84), ao enfatizar que a presença de um professor, colocado numa determinada posição, pode ou não propiciar a aprendizagem. A transferência se produz quando o desejo de saber do aluno aferra-se a um elemento particular, que é a pessoa do professor. O aluno atribui, então, um sentido especial àquela figura determinada pelo desejo. O professor, por sua vez, esvaziado de seu próprio sentido, torna-se depositário de algo pertencente ao aluno, que lhe fixou um outro sentido particular e inconsciente. Há um jogo dialético do desejo que, invariavelmente, induz o professor ao impossível. De um lado, enquanto sujeito, há o desejo que o impele a ocupar o lugar de mestre; do outro, precisa renunciar a esse desejo para tornar-se um depositário esvaziado dos sentidos imprimidos por um aluno que sequer é carne de sua carne.
No entanto, o docente apodera-se desse sentido especial depositado em sua pessoa pelo aluno. Dessa posse, deriva-se um poder, pois a transferência de sentido, operada pelo desejo, é também uma transferência de poder. “O desejo transfere sentido e poder à figura do professor, que funciona como mero suporte esvaziado de seu sentido próprio enquanto pessoa” (Kupfer, 1992, p. 92). O aluno quer, supostamente, que seu professor suporte esse lugar “esvaziado” e permaneça ali onde o colocou, mas não é tão fácil. Esse professor é também um sujeito marcado pelo seu desejo inconsciente. Portanto, na posição de mestre, tenderá a abusar do lugar que ocupa, subjugando seu aluno, impondo-lhe suas próprias concepções, valores e modelos predeterminados.
Ao dividir com alunas e alunos a produção de um texto, quando solicita que um grupo de alunas e alunos produzam uma aula, ao solicitar a um(a) determinado(a) aluno(a) que fizera um comentário que produza o mesmo na forma de um trabalho, dividir com estes(as) mesmos(as) alunos(as) a correção de provas, o lançamento no diário, podem sinalizar um pouco desta narrativa exposta.
(comentário Prof. Antonio Futuro)
Lancemos mão de alguns desvios conceituais da relação senhor-escravo, proposta teórica hegeliana rearticulada por Lacan. A missão do professor, corroborada pela estrutura mesma da educação, parece ser a de assegurar a possibilidade de sujeição do aluno à sua figura de mestre ou senhor, também aqui evocada no lugar do ideal. A relação mestre-escravo é requerida para que a educação siga ilesa seus desígnios. Há um saber que, muito anterior à apropriação pelo mestre, o escravo o possui inexoravelmente, um saber-fazer. O mestre opera uma extração, transmutando o saber do escravo no seu próprio saber. Lacan, sempre enfático, afirma que o escravo é roubado de seu saber: “o roubo, o rapto, a subtração à escravaria, pela operação do senhor” (Lacan, 1991, p. 19). Tanto um, quanto o outro, tornam-se imbricados entre si, dependentes do ato alheio. Porém, a inter-subjetividade é ilusória, pois não há aí o reconhecimento de dois desejos, mas apenas o do mestre que se afirma como o único sujeito a ser reconhecido pelo indivíduo reduzido à posição de escravo - o que desqualifica o próprio reconhecimento. Um impasse no nível do imaginário se apresenta, possível apenas de ser solucionado no nível simbólico através de sua função reguladora. Tanto o sujeito, quanto o outro buscam metaforicamente o traço estrangeiro que lhe falta: o escravo busca no mestre o significante primeiro (s1), que possa dizer de si; o mestre busca no escravo o domínio do saber-fazer (s2), único que o possui. Ambos, no entanto, não se dominam por completo, excedendo sempre uma parte (mais-gozar) rebelde, responsável pelo não sucumbe de uma força pela outra. O professor apropria de todo saber e se afirma como único sujeito a ser reconhecido pelo aluno, que é aquele quem supostamente conheceria seu próprio saber-fazer. O que se encontra em questão é a posição ocupada pelo discente que torne esse saber um saber do mestre. Daí, o docente arvora em se anunciar sabedor do que o seu discípulo oferece.
Aqui cabe a visão tradicional, não somente do professor tradicional, mas de toda uma sociedade que repete na figura do Professor toda uma estrutura de poder verificada em outros espaços da sociedade. Aqui o dono do saber é o professor, porém é a mesma formatação histórica do Padre na religião, do coronel no interior do país, o delegado sempre chamado de Doutor, o médico que ao atender um paciente explicita uma relação de favor. Estas e outras relações têm como papel a perpetuação, confirmação, consolidação do modelo autoritário entre o dominador e o dominado.
(comentário Prof. Antonio Futuro)
A psicanálise determina, não sem rigor, que não há a mestria pura, sempre relativizada pelo saber particular do sujeito, seja ele o escravo, seja ele o aluno. Essa descontinuidade na relação entre o escravo e o mestre gera, a meu ver, o suporte para um processo de verdade que induz um sujeito como efeito. Talvez o escravo, nessa posição, resista a um saber que o conduza a uma verdade biográfica, menos oracular, cuja síntese vivifica antes um postulado ético do que ontológico, que ressalta o axioma que Freud prediz em Análise terminável e interminável (1937), a saber, “o amor à verdade”.
Para entendermos mais exatamente a expressão amor à verdade devemos antes retornar ao próprio percurso de Freud quando reconheceu que a verdade não pode ser toda dita na palavra, que parte dela permanece indescritível por se referir ao inconsciente: “Nunca se está numa posição de descobrir a verdade toda” (Freud, 1910, p. 211). Todavia, Lacan é quem parece dar caminho mais preciso às idéias freudianas consentâneas à verdade, ao saber e aos seus efeitos de gozo. Sigamos brevemente a sua trilha. É comum professores anunciarem que determinado aluno é resistente, que está por sempre repetir um ato de indisciplina ou algum problema de aprendizagem. A repetição parece ser algo que interroga o professor ao lhe remeter ao não-saber-o-que-fazer-com-isso. Por que tanto repetem?
Lacan no Avesso da Psicanálise (1991) afirma que a repetição necessita do gozo, visa-o, pois ela se funda em um retorno do gozo. E, a cada vez que se repete, há uma perda, pois nunca há equivalência do repetido. O sujeito convoca o gozo para permanecer nessa empreitada. São modalidades que se repetem sob a forma de resistência. Se se repetem é porque visam o gozo. O saber articulado, dominado, formulado e tantas vezes defendidos por professores irados pela “resistência” alheia é também, nesse sentido, uma forma de gozo. Compartilho, dessa forma, da idéia de Lacan: “Esse saber mostra aqui a sua raiz porquanto na repetição ele vem a ser o meio do gozo na medida em que este ultrapassa os limites impostos[...]” (1991, p.46). Sou inclinado, portanto, a assentir com sua expressão que dá título a uma das passagens de seu seminário: Saber, meio de gozo.
Ora, ironicamente, um saber formal sobre a verdade só pode ser pronunciado por quem não raro ocupa o lugar de ideal cuja perfeição o autorize a tecer interpretações (imaginárias) sobre os imperfeitos - o que é impossível. Cifali (1987, p. 117-121), também retomando esse trecho da Análise terminável e interminável de Freud, afirma que profissionais que se voltam ao amor à verdade encontram-se embaraçados em um processo científico no qual não são “pontos perfeitos”, ainda que se coloque o “sujeito do ato” entre parênteses.
Tomando, entretanto, esse efeito de transferência a qual denominei de “resistência à aprendizagem” como modalidade de gozo, coloco em suspensão as afirmações que aproximam essa aprendizagem do saber. Não se trata propriamente de uma “resistência a saber”. A positividade do saber não representa necessariamente a aquisição do conhecimento. Trata-se, outrossim, de “resistência à verdade”, essa verdade como processo, cujo sujeito do desejo se extrai como efeito. Trata-se, uma vez fiel ao pensamento de Freud, de uma “resistência ao amor à verdade”: algo suplementar, casual e ambíguo que subtrairia o escravo dessa posição e o restituiria à condição de desejante. Não seria assim mais um escravo, mas um sujeito escandido com base em uma verdade, o que dissolveria seu mestre. A transferência de amor entre aluno e professor obtura, ao satisfazer a resistência, a possibilidade do aluno contabilizar o seu desejo, pois se assim fosse o lugar de professor - único desejante na relação mestre-escravo - estaria destinado à morte.
Ora, mas será sempre assim? O aluno resistirá sempre a interrogar suas verdades como sujeito de desejo para que seu professor – escolhido pelo amor de transferência – reine em sua cátedra de mestre e seja o único a desejar? Até quando esse estudante necessitará da indisciplina, do desvio, da violência, da ironia ou, na mesma ordem, do enquadramento e do conformismo para anunciar que há uma descontinuidade gritante na relação pedagógica que lhe cala o desejo?
Aqui o sentido é muito complexo, em tese, fala-se de amor e ódio, desejo inconsciente e a consequente indisciplina como resposta do aluno a um processo que ele aluno não tem consciência.
(comentário Prof. Antonio Futuro)
Uma saída possível talvez seja a da utopia, como considerou Chauí (1979). Um professor ora pode existir e ora pode desaparecer, cuja permanência é fugaz porque, como seus alunos, também é uma consciência dividida que substitui o que realmente sabe por uma prática negadora de seu saber efetivo. O trabalho pedagógico calcado nesse amor à verdade enquanto desejo talvez se efetuaria quando fizesse com que a figura do estudante desapareça. Para isso, o professor precisa fazer um esforço cotidiano para que seu lugar permaneça vazio, pois seu trabalho é tornar possível o preenchimento desse lugar por todos aqueles que estão excluídos dele e que o desejam e pelo qual não poderiam desejá-lo se já estivesse preenchido por um senhor e mestre. Porque existe o lugar do professor, mas existe como lugar vazio, todos podem desejá-lo e ninguém pode preenchê-lo senão sob o risco de destruí-lo.
Texto original de Marcelo Ricardo Pereira/ Profº da FAE/UEMG e psicanalista
Intervenções em negrito de Antonio Futuro /Profº Ms. Substituto UERJ / SEEDUC-IECD e Pedagogo
Referências Bibliográficas
Cifali, M. (1987). “L’infini éducatif: mise en perspectives”. In: Les trois métiers impossibles. Paris: Édition “les belles lettres”.
Chauí, M. (1979). Ideologia e Educação. Conferência: Universidade de Campinas, Campinas, SP.
Freud, S. (1910). Psicanálise silvestre. In: Edição Standart Brasileira das Obras Completas (vol. 11, p. 207-216). Rio de Janeiro, RJ: Imago, 1976.
Freud, S. (1912). Recordar, repetir, elaborar. In: Edição Standart Brasileira das Obras Completas (vol. 12, p. 193-207). Rio de Janeiro, RJ: Imago, 1976.
Freud, S. (1937). Análise terminável e interminável. In: Edição Standart Brasileira das Obras Completas (vol. 23, p. 247-308). Rio de Janeiro, RJ: Imago, 1976.
Kupfer, M. C. (1992) Freud e a educação - o mestre do impossível. São Paulo, SP: Scipione.
Acesse o Site;
Entrei Concursos
Acesse o Site;
Entrei Concursos
O aluno é um ser em formação e muitas vezes tem com exemplo o professor. dentro da sala de aula ele se depara com alunos de vários lugares e cultura tendo que lidar da melhor maneira possível com as diferenças para estreitar uma relação de amizade e respeito. Então quebrar barreiras é um desafio diário traçado em sala, o resultado disso é que hoje o professor não se limita a cuidar de seu aluno dentro da escola em muitos casos esses laços ultrapassam esse ambiente formando novos cidadãos.
ResponderExcluirDevemos refletir sobre o trabalho de um professor, que seja muito além da transmissão do saber formal. É comum que professores acreditem que determinado grupo de alunos são “resistentes” ao aprendizado, sem ao menos refletirem que estão sendo impostos a um grupo de alunos, por muitas vezes, de um grupo sócio, cultural, econômico e comportamental diferentes ao seu, tornando a escola proibitiva e impositiva.
ResponderExcluirO professor deve ter sempre em foco quão sua figura pode ou não propiciar e influenciar a aprendizagem. A transferência do saber se produz quando há desejo de saber do aluno. O professor é um depositário de algo que pertence ao aluno, induzindo o professor quase ao impossível, como sujeito, renunciando ao lugar do mestre, o “todo poderoso”, em contraponto ao desejo de saber do aluno, que se agarra a figura do professor.
Sem dúvida há desvios conceituais quanto à missão de um professor, assegurando submissão do aluno à sua figura de mestre ou “senhor”, transmitindo o saber ao aluno ao seu próprio saber. Pena que há uma generalização dessa visão com a educação tradicional e de uma sociedade que “pertenceu” a um poder autoritário, esquecendo que havia, há e haverá sempre “guetos” contrários a esse autoritarismo, bem como aos “senhores” da verdade, muitas vezes com “inverdades”.
“Não há a mestria pura, sempre relativizada pelo saber particular do sujeito”. Deve-se compreender que a melhor maneira de ensinar algum saber, é incentivar o máximo dos alunos a questionarem, valorizando e encorajando o seu interesse e a expor o seu saber.
Diego Dias dos Santos disse...
ResponderExcluirO papel do professor é construir junto com o aluno o conhecimento, mas que esse conhecimento seja de alguma forma aplicada no seu dia a dia, no contrário, o aluno perderá o interesse pelo conhecimento, independente da matéria, e, além disso, o professor deve estar preparado para se confrontar com uma diversidade cultural que hoje é notória em nossa sociedade. Por fim, o professor deve ter muito cuidado na sua prática docente, pois ele pode ter um belo discurso com o aluno, mas na sua prática ser totalmente ao contrário e com isso uma das conseqüências seria confundir o aluno e prejudicar sua aprendizagem.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRelação de Poder: Luta e Resistência
ResponderExcluirDe Paulo Roberto Marques de Souza e Silva Maia
Segundo Foucault, em “A Ordem do Discurso” o discurso situa-se nas ordens das leis e se lhe ocorre ter algum poder, é de nós e sobre nós que ele advém. Ou seja, nas sociedades, a produção de discurso é ao mesmo tempo, controlada, selecionada, organizada e redistribuída por certo números de procedimentos que interditam, selecionam aqueles que falam e o lugar onde os discursos podem emergir. Desta forma, revelam a relação do discurso com o desejo e o poder.
Isto quer dizer que, sorrateiramente, obedecemos a regras de uma política discursiva que reativamos em cada um de nossos discursos. Desta forma, tendemos a vontade de verdade que se expressa no poder coercitivo que pressiona e apóia-se em práticas e saberes. Assim, promovendo uma conexão com a prática pedagógica é o fenômeno de rarefação dos sujeitos que falam. Foucault ressalta que ninguém entrará na ordem do discurso se não satisfizer a certas exigências ou se não for, de início, qualificados para fazê-lo. E ainda que, existem lugares fechados que se produzem e circulam os discursos sendo estes redistribuídos somente segundo regras restritas.
Como neste artigo deste blog, a psicanálise nos ensina que certas condições devem ser estabelecidas para que um processo analítico possa ocorrer. Dentre elas destaco o endereçamento de uma questão a partir do suporte transferencial que promove também uma assimetria entre analista e analisado. No universo escolar, através da transferência, o aluno impõe ao professor um lugar e uma existência particular a partir de onde o aluno receberá as intervenções pedagógicas. Portanto, a psicanálise teria em seu âmago a dissimetria de posição e sua condição de acontecimento, em primeira instância é o estabelecimento de uma relação de poder, na qual a um dos personagens é atribuído o saber enquanto ao outro a demanda de saber passa a ser o vínculo com o mestre. Diferente de Sócrates, que no Banquete de Platão denuncia o engano e despreza ironicamente a suposição de saber que lhe faz Alcebíades, o analista deve assumir uma posição diferente e deve “fazer-de-conta”, ocupar esta posição provocando assim a torção dos termos do que era o discurso histérico e fazendo com que o candidato à análise entre no discurso analítico propriamente dito. O que se pode depreender disto? Que a análise tem como ponto de partida a coerção de uma parte por outra, o estabelecimento de relação de poder assimétrica, que tem como produção a demanda de um discurso do paciente pela figura do analista, que ilusoriamente, tudo-sabe. O que se produz então é uma dominação de aparição do discurso, que em princípio deve cumprir este esquema de emergência. Assim como a seleção dos sujeitos que falam, uma vez que não contemplado esta condição, não há possibilidade de análise.
Assim, pode-se concluir que resta ao aluno defender-se do progresso pedagógico dirigido pelo professor tendo como objetivo último o preenchimento de lacunas de memória. E que a arma mais poderosa que o aluno lança mão frente à coerção do aprendizado é o amor. A invasão súbita da exigência de amor é, portanto, fruto da resistência. Ou seja, a resistência passa a utilizar-se do amor a fim de impedir a continuação do aprendizado, desviando todo seu interesse do trabalho e colocando o professor em posição avessa.
Há um fator que não vi muito presente ou enfatizado no texto: a tendência que os alunos têm com certas matérias escolares. Alguns alunos tendenciam a gostar mais de matérias humanas, outros das exatas, outros das biomédicas, enfim. Digo isso, pois citam muito "buscar o interesse do aluno", como se dissessem que todos os alunos pudessem gostar de todas as matérias. Na área de matemática, por exemplo, ao desenvolvermos uma fórmula, poderão surgir tanto frases como "agora as coisas fazem sentido, pois sei de onde vem e para que serve" ou, com sentido totalmente oposto, frases como "é só aplicar a fórmula que resolve o problema, não é?". Deve-se diferenciar utopia da responsabilidade do aluno ou professor. Como diz o texto, é preciso que se conheça e localize a origem do problema, o que necessariamente é um erro do aluno ou do professor. Pode ser apenas uma questão de concentração ou até mesmo problemas de saúde, tendo que recorrer a um oftamologista, por exemplo.
ResponderExcluirConsertando o comentário acima numa frase final: "... o que necessariamente não é um erro do aluno ou do professor."
ResponderExcluirÉ notório que exista uma resistência do aluno com aprendizagem, isso ocorre em qualquer escola, independente do nível social que ela abrange. Entretanto o professor e a instituição devem elaborar maneiras de se vencer esta barreira, procurando resgatar o interesse do aluno pelo saber. É comum encontrar no meio estudantil uma relação de amor e ódio com a escola, o professor e o estudo de modo geral.Porém acredito que seja muito difícil estabelecer uma relação de amor entre o aluno e o professor, sem que se confunda as relações, que não se separe o respeito do aluno para com o professor.
ResponderExcluirUma questão muito interessante colocada em discussão no texto, se refere à visão relativa ao professor tradicional, esse modelo reflete dentro de sala de aula, a distribuição de poder que existe em diversos outros espaços da sociedade, onde um individuo está visivelmente privilegiado devido a sua posição sobre os demais, que são colocados de maneira submissa, sendo dominados por um dominador, isso é reflexo de uma sociedade disciplinar, onde o individuo vive confinado em um espaço, onde deve obedecer as regras próprias e especificas do espaço em questão, a escola passa a se representar como um desses espaços, que pode ser a família, a fabrica, e eventualmente o hospital ou a prisão.
ResponderExcluirMe questiono de qual seria o verdadeiro papel do professor,somos treinado a reproduzi o modelo ideológico dominante e muitas vezes entramos nesta dinâmica sem nos darmos conta e repetimos o que nos dizem sobre o comportamento do aluno sem nenhuma reflexão, legitimando o modelo e condicionando o aluno a esse paradigma convencionado.E embutimos em nossas práticas pedagógicas essa relaçao de regras e normas ,de Senhores da razão e do conhecimento e o aluno de escravo obdiente e submisso,uma tábua rasa que iremos ali depositamos todo o"nosso conhecimento" como se fossemos donos da mesma e quando encontramos com aqueles mais resistentes,o punimos e o excluímos como se fosse essa resoluçao do problema.
ResponderExcluirAs nossas escolas estão muito distante de olhar para os alunos resistentes ,como a essa resistência estar no inconciente do indivíduo como um gozo(prazer).Vivo essa experiência no meu cotidiano. Tenho um filho que tem dificuldade de obdecer regras e limite e fui chamada ao colégio algumas vezes e hoje compreendo sua resistência e repetição do seu ato, mas a escola nao tem essa visão, ela o vê como indisciplinado e será descriminado caso não consiga se inseri neste modelo estabelecido.O nosso grande desafio é mudarmos em nós a visão de Senhores e escravos para que as nossos práticas pedagogicas passam sortir efeito práticos de um verdadeiro aprendizado na vida dos alunos.
Lendo o texto: Resistência ao “amor à verdade” e algumas situações cotidianas na educação, me fez lembrar uma pequena história que li há algum tempo atrás.
ResponderExcluirO nome da história é Quando a escola é de vidro. O texto conta a história de uma escola que seus alunos viviam em um vidro. Cada menino ou menina tinha um vidro e o vidro não dependia do tamanho de cada e sim da classe que estavam.
Se você estivesse no primeiro ano ganhava um vidro de um tamanho, se fosse do segundo seu vidro era um pouquinho maior, os vidros iam crescendo à medida que você passava de ano. Se não passasse você tinha que usar o meso vidro. Apertado ou não.
Os alunos não escutavam direito o que o professore dizia e os professores não entendiam o que os alunos falavam. Os alunos só respiravam na hora do recreio ou na hora de educação física , mas nessa altura os alunos estavam desesperados de tanto ficar preso ,que corriam, gritavam, batiam um no outro.
Alguns alunos reclamavam do modelo escolar, então os “grandes” diziam que sempre tinha sido assim, que iria ser assim o resto da vida. Tinha aluno que saia da escola porque não havia jeito de se acomodar nos vidros e tinha uns que mesmo quando saíam do vidro ficavam do mesmo jeitinho.
Mas um belo dia entrou na escola um menino carente, e não tinha vidro para esse menino, ninguém liga já que ele não pagava a escola. O mais engraçado é que esse menino desenhava melhor que qualquer um, respondia perguntas mais depressa que os outros.
Os professores, “os grandes” começaram ver no menino um mau exemplo. Até que um belo dia nenhum aluno queria mais ficar nos vidros, quebraram todos eles. “Os grandes” mandaram todos os alunos para casa, para pensar no que iria ser feito, já que comprar todos aqueles vidros iria ficar muito caro. Então resolveram que a escola agora iria se chamar: Escola Experimental.
A forma tradicional pode trazer com ela um problema, que é a resistência do aluno com aprendizagem, cabe ao professor ser o mediador nesse processo, intervindo com mudanças de postura, de metodologia, dentre outros.
O professor tem como função ensinar o aluno, porém tem como obstáculo o "desanimo" do aluno, onde muitos alunos vão para escola e acabam não aprendendo por achar a aula chata. Nisso a formação do professor é fundamental, não só na graduação, e sim na formação mais ampla. Um professor de química, por exemplo, não pode saber só química, ele tem que entender a psicologia, a linguagem, a pedagogia e etc. O professor sempre tem que esta se atualizando e se condicionando para tentar fazer da aula chata onde nenhum aluno presta atenção, transformando em uma aula melhor e mais interativa com os alunos prestando atenção e aprendendo a matéria.
ResponderExcluirLendo o texto resistência ao amor e a verdade, fazemos claramente a análise da situação atual de nossa educação nas escolas, onde se têm uma grande variedade de alunos com comportamentos distintos em função de suas classes sociais e do meio ao qual estam inseridos, se tem uma "RESISTÊNCIA" maior ao aprendizado em que cabe ao professor mediar esses conflitos internos e fazê-los enxergar o novo de uma forma mais aceitável, fazendo-os compreender que o "novo" é necessário e que um futuro próximo poderá surtir efeito positivo em sua aprendizagem levando-os a um patamar mais elevado e ajudando-os a compreender melhor o mundo que nós vivemos. Enfim temos um caminho pedagógico longo a seguir mais num futuro próximo poderemos colher frutos mais saborosos e assim melhorar cada vez mais a educação em nosso país.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirApós a leitura, deparei-me com questões que tenho visto com recorrêcia em outras disciplinas da licenciatura. Sabemos deveras que o perfil dos estudantes que encontramos em sala de aula é cada vez mais heterogêneo, e que desconsiderar essas diferenças e crer na fálida forma de "ensinar tudo a todos" é falta constante de professores. Muitas vezes a tão falada resistência do aluno a aprendizagem é tida pelo prof. como dificuldade apenas do aluno, mas ele mesmo não se pergunta se a sua didática em sala corresponde àquilo que esse aluno realmente necessita, quais as suas carencias, o que o aluno considera como importante de fato no processo de aprendizagem. Nme sempre esse empasse ocorre por vontade própria, mas quantos de nós já não nos deparamos enquanto alunos de ensino fundamental e médio, e mesmo na universidade, com professores dispostos a dar boas aulas, mas com pouca didática e muitas vezes sem perceber que sua forma de conduzir o processo ensino-aprendizagem deixava muito a desejar, se não a todos de uma turma, mas sempre encontrava aquele aluno que "não aprende de jeito nenhum"... E se isto ocorria, era esse aluno que acaba sendo "perseguido, sempre lembrado", mesmo q de forma já inconsciente pelo professor.
ResponderExcluirCabe aqui colocar que o processo de ensino-aprendizagem que falo não se trata somente de transmissão de conhecimento científico, mas de vivencia, de troca de experiencias, de vida mesmo. Nisto, o professor, enquanto exemplo e, se assim podemos chamar, "autoridade em sala de aula", precisa atentar para as questões tanto de sua disciplina, sua didática, quanto para a vida e as necessidades de seus alunos, e porque não dizer "colegas de trabalho", uma vez que a profissão do professor baseia-se numa relação dialética, onde muitas vezes, o professor pode representar algo que aquele aluno precise - um conforto, um incentivo, alguém que se preocupe com ele e chame sua atenção, que o cobre. Para esta relação ocorrer de forma eficaz, o prfessor pode recorrer a város meios pedagógicos para tornar sempre o tempo de aula que tem com aquela turma um tempo agradável, produtivo, a fim de que essas barreiras que se imponham ao aprendizado sejam transpassadas.
Turma 03 - Quarta-feira (Manhã)
Psicologia da Educação, Turma 13
ResponderExcluirOs problemas existentes em sala de aula são consequências do sistema falho de educação que temos que lidar diariamente. A resistência mencionada no texto não se refere somente à do aluno em aprender, mas à do professor em largar o cargo de dono do saber e mostrar ao aluno que ele é capaz, que ele tem condições de adquirir o que está sendo transmitido. A partir da repetição das dificuldades que se apresentam no cotidiano escolar, o professor tira conclusões (baseadas nas interpretações imaginárias) que levam cada vez mais à submissão do aluno, ao seu rebaixamento, à sua notória “incapacidade”. O aluno que não consegue progresso em sala de aula, que se expressa através da violência, que apresenta baixo rendimento está inserido em um determinado contexto social, familiar e cultural que deve ser levado em consideração no momento em que o professor prepara sua aula, realiza sua avaliação, explica o seu conteúdo.
A sensação de exclusão, a dificuldade de absorção do conteúdo, a falta de identificação do aluno com a metodologia de ensino, com a classe ou até mesmo com o professor são fatores que abalam o inconsciente do aluno e interferem diretamente no seu consciente, o que o leva a tomar certos tipos de atitudes ou a simplesmente não demonstrar o devido interesse. O professor precisa saber lidar com a necessidade do aluno. Foi isso que compreendi quando Freud diz que “o único modo de superar a interrupção da comunicação do inconsciente é através da elaboração e não a partir de reflexões, construções ou interpretações imaginárias”. Como dizia um professor de Literatura, ainda no período do Ensino Médio, adorado pela turma: “Não existe aluno desinteressado, o que existe é professor desinteressante”.
O professor precisa sair do “pedestal” e se colocar como um ser humano normal, que está sempre em busca de aprendizado, é assim que o aluno deve enxergá-lo e tomá-lo como exemplo. Ele precisa mostrar ao aluno seu potencial, o aluno precisa saber que é capaz e em uma sala de aula somente quem pode mostrar isso é o professor. Uma relação de confiança evolui, uma relação de hierarquia será sempre somente uma relação de hierarquia.
Post acima enviado por Eliana Ventura, aluna da turma 13, Psicologia da Educação Segunda, 21:00 hs
ResponderExcluirTalvez parte de tanto ao que se considera acerca de uma valoração de verdade ao conhecimento, seja em prática efetiva ou não, dá-se de uma "super-estima" por parte do docente, seja por uma ausência de capacidade intelectual por parte do discente para discernir que o ponto em questão não é aquilo ao qual faz-se necessário, mas a necessidade de busca em si. O discurso de estima de matéria x ou y parece tão somente um discurso quase platônico acerca da imanência, donde o aluno ora tem predileção para isto, ora para aquilo; e de certo, a luta do docente começa com o enfrentamento de seu Ego, pois boa parte dos professores (insulo aqui um burburinho, pois me atrevo a colocar aqui também os professores da Academia, vide UERJ) tendem a colocar se como detentores exclusivos de um saber que não iniciou neles essencialmente, mas começou num processo dialético do qual eles fizeram parte como alunos, depois o docente encontra-se com o enfrentamento da própria natureza em si; o que é mais atrativo para um adolescente de 15, 16 anos, aulas de Física, ou Química, entender o processo morfológico ou entender a nova regra gramatical; ou, conhecer as "gatinhas" e beijar (não entrarei em maiores detalhes, vide os relatos do professor Futuro acerca da Escola Pública). O professor(a) na verdade está lutando contra hormônios, e como fazer alguém sem ainda toda construção cognitiva entender a necessidade (ainda que muitas vezes o seja provisória) do entendimento do conhecimento escolar?!? Quantos de nós hoje, como universitários, não identificamos que talvez muito do como nos foi passado, tenha efetivamente ficado para trás?
ResponderExcluirO caminho talvez encontre-se entre a intersecção daquilo que faz-se necessário para o social, e daquilo que é práxis de fato. O docente precisa achar uma forma que de conta dentro de sua própria visão particular de seu conhecimento, sempre mantendo como horizonte, a certeza de que não existem "fórmulas" prontas para a "catequisação" do alunado; é mais necessário fazer este alunado entender que a vida demanda um vasto entendimento, quer seja epistémico, seja de um olhar "humanizado" que muitas vezes o docente precisa trazer para aquele jovem, incapaz no momento de fazer-lo, até mesmo pela atual conduta geral da família, colocando a escola como veículo primário da Educação Social e Acadêmica.Quando aquele que senta na sala como ouvinte ver-se empático com aquele em pé que fala, ele trará um "amor" por aquilo que busca, e todo processo dará-se de nova forma, fazendo diferença ao aluno e possívelmente ao professor.
O Problema pertinente a "resistência a verdade" consiste no modelo escolar que trata o aluno como iguais, não levando em consideração suas aptidões e preferencias intelectuais,ao se impor, no sentido literal da palavra,que o aluno aprenda obrigatóriamente certos pensamentos ou disciplinas para que se enquadre em um padrão, esse aluno tenderá a gerar uma repuslsa natural ao que lhe é tentado ensinar.Para que não haja resistências no aprendizado,as aptidões individuais do aluno e suas capacidades devem ser levadas em conta tanto pela escola quanto pelo docente, para que não haja uma cobrança demasiadamente exagerada para uns e pouco expressiva para outros.
ResponderExcluirMaísa Ferreira UERJ Psicologia da Educação
ResponderExcluirPara o professor não deve ser fácil não influenciar os alunos. Pois ele possui suas concepções de mundo.
Uma aula que leve em consideração não somente conteúdo e prese também pela formação de cidadãos seja mais significante para docentes e discentes. E mesmo na transmissão de conteúdo que seja uma aula que se aproxime da realidade do aluno e que ele possa participar. Com o intuito de mostrar utilidade da matéria que está se ensinando na vida prática e aproximar o aluno do cotidiano escolar.
Um dos principais formadores de opinião e influenciadores na vida de um aluno é o professor!
ResponderExcluirLendo o texto, lembro de um dos grandes mestres que me deram aula no ensino médio, seu nome era Gilberto Gil. Ele é professor de matemática, também formado pela UERJ, e tinha uma didática impressionante. Ele fazia a matemática se tornar algo simples, fórmulas, teoremas se tornavam coisas comuns a partir de suas demonstrações.
Guardo muitas lembranças desses períodos, pois foi através dele que comecei a olhar a matemática não como algo monstruoso, mas sim com um olhar de tornar as coisas difíceis em algo simples e saber passar adiante esse conhecimento. Existem inúmeros métodos para gerar a mobilização dos alunos para a sua aula, mas deve partir também do aluno a vontade de conhecer, mesmo que não seja o aprendizado, mas o conhecimento assim para alcançar a nota no sistema educacional imposto.
William Oliveira Collyer Jr. psi turma 13, segunda/noite.
ResponderExcluirtodo professor já foi aluno. todos já ficaram sem a menor paciência ao assistir uma aula, seja ela de seu interesse ou não, durante 3 ou, até mesmo 1h. todo professor teve ao longo de sua vida acadêmica, experiências positivas e negativas com professores que o marcaram. independentemente da idade, do conteúdo da disciplina ou da maturidade do aluno, sempre existirão pontos positivos e negativos que devem ser avaliados. cabe ao professor não esquecer de sua experiência como tutor e aluno, usar essa experiência em sala de aula é um dever daqueles que se comprometem como professor,e, sobre tudo como educador. é preciso que se faça uma constante reavaliação do comportamento de uma turma, seja ela qual for, para que com a experiência do professor seja elaborada uma nova maneira, que atenda às necessidades daquela turma. Ensinar é se doar.
aluna: Jéssica Furtado Guimarães
ResponderExcluirTurma de psicologia da educação - turma 3 de Quarta-feira das 07:00hs até 08:40hs
Base na leitura do texto pude comprovar que as escolas com regras de currículo, disciplina e organização transferidas para o professor que conseqüentemente, imposta aos alunos, trás o sentimento de revolta dentro deles, pois a escola, no presente momento, deixou de ser um santuário da educação. Hoje a escola só visa seu capital e a competitividade, não se importando com a real situação do aluno, o seu interesse é quantitativamente e não qualitativamente.
Os alunos ficam esquecidos e subordinados ao processo querendo ou não. A relação passou a ser de catequizadores e catequizados onde é uma forma de controle, para que possa manter seu processo de poder. Quando o aluno vai contra o sistema transfere esse sentimento de revolta à aprendizagem e não do saber, pois o que nos move e a sede de conhecimento, coisa que é o bem mais valioso que ninguém pode tirar.
A revolta com o sistema faz com que eles blindem essa vontade de continuar a seguir em frente, de continuar a obter conhecimento, de mostrar que é capaz de superar. Precisa-se de estratégias para ocupar esse lugar vazio que o sistema propicia, para que assim o amor à verdade absoluta do conhecimento não sofra mais interferência de dominação.
Felipe Neves- Turma de Quarta/ 7 da manhã
ResponderExcluirO texto relata e elucida aquilo que, em grande parte, se viu nas aulas. O papel do professor é visto de uma maneira tradicional, é ele quem tem a autoridade na sala, pois possui o conhecimento. Esse pensamento gera a perpetuação de um sistema deficitário. O aluno muitas vezes transfere os problemas que ocorre no lar para a sala de aula e o professor é a peça-chave dessa transferência. O professor ao detectar isso tem que criar um mecanismo no qual possa ajudar o aluno, tem que fazer jus a sua denominação "Professor", pois é ele quem conduz; ajuda o aluno naquilo que tem dificuldade, ensina-o.O professor não pode pôr a culpa do "fracasso" do aluno só no mesmo; em parte, a culpa é sua, porque não foi capaz de reverter o quadro. O professor, entretanto, não é o salvador da pátria. É necessário toda uma estrutura por de trás. O fracasso então deve ser refletido em todos os agentes: Professores, Alunos, Direção, Escola (sua estrutura precária), Setor Público (Estado). Todos esses têm culpa. É preciso, portanto, um sistema que possa ter uma melhor qualidade de ensino. A Escola da Ponte, em Portugal, trabalha com meninos que vivem à margem, não tendo uma situação familiar adequada. O aprendizado, entretanto, não é afetado. A escola tem uma outra maneira de trabalhar, tem outro método pedagógico. O caminho é semelhante ao da Escola da Ponte. É necessário mudar a visão tradicionalista da Escola, tem que ter um repensar do papel que a Escola vem fazendo. O modelo sendo deficitário e sendo cara a implementação de um modelo melhor, gera sobre o professor o papel de agente da mudança. Cabe a ele, portanto, tentar reverter esse quadro e não, a priori, colocar a culpa no aluno.
Aluna:Rafaela Pereira da Silva Ferreira
ResponderExcluirturma:13 segunda-feira 21:00
Psicologia da educação
O texto descreve claramente a situação de subordinação do aluno em relação ao professor e ao conteúdo proposto.O aluno em seu ambiente escolar está sempre sendo confrontado com varias informações que não fazem parte,muitas vezes,do cenário onde vive. Isso causa o desinteresse do aluno pelo que é proposto pela escola.
O ensino, antes de mais nada, deve ser baseado em estudos referentes a vida , condições e necessidades de cada aluno. um aluno com uma rotina diária conturbada, onde quase sempre encontra dificuldades para ter acesso e, até mesmo permanecer na escola. Dificilmente encontrará facilidade e interesse pelos assuntos propostos em ambiente escolar.
Para que isso aconteça a escola deve ultrapassar seus muros e conhecer a realidade de cada um de seus alunos para ajuda-los a entender e enfrentar sua próprias realidades. Somente após esse processo será possível que os alunos aprendam de forma eficaz e tenham interesse por assuntos cada vez mais diversos.Ou seja o papel do professor deve ser o de plantar nos alunos uma necessidade pela busca de conhecimento. Sem deixar de lado a necessidade de cada um deles. Fazendo com que assim eles aprendam não apenas um conteúdo imposto, mas que busquem um conhecimento amplo sobre os mais diversos assuntos.
o texto faz uma observaçao de como a postura do professor pode influenciar no interesse do aluno na materia,um professor autoritario que se apossa do processo de aprendizagem,deixa de fora ator principal, o aluno,que sofre diretamente as consequencias desse processo de ensino ineficaz e segregatorio ; como resistencia ao aprendizado,violencia,entre outros. o aluno nao se sente capaz de acompanhar , questionando o porque de se empenhar,ja que nao e "capaz de aprender",sendo isso reforçado pela posiçao do professor de detentor do saber,subjugando o aluno privando-o de uma processo de aprendizagem rico
ResponderExcluire atrativo baseado na construçao do conhecimento.
Aluno: Rogério Cruz (turma de segunda á noite)O problema é que ao nos formarmos professores, esquecemos que o aluno é o centro/ foco de todo conhecimento de que dispomos. Por empatia devemos procurar a melhor maneira de ensinar, pois cada um tem o seu tempo de aprendizado, deixando de lado o estigma de que o aluno é resistente ao aprendizado. Viemos de um modelo de ensino que "deu certo", embora tenha excluído uma grande maioria do saber científico. Exemplos como o do Zé da Ponte, podem e devem ser seguidos, levando em conta o capital cultural de cada aluno.
ResponderExcluirCom o aluno como base em ser transformado constantemente.É claro que a consequência dessa transformação muitas vezes é o espelho que o aluno usa através da imagem do professor, e também ao se deparar com diversos seres iguais a ele, porém de lugares e influências distintas do que ele está acostumado a ver e entender. O professor por ser um instrutor educativo tem também que analisar o comportamento dos seus educandos, que acaba sendo um eixo de educação externa, contribuindo com a evolução psicológica e social do aluno, criando vínculos que ultrapassam o limite da sala de aula.
ResponderExcluirLarissa Helena Uchôa Barbosa
Turma de quarta 7h da manhã
ResponderExcluirO professor é tanto quanto os pais um modelo de identificação dos alunos, é um transmissor de limites que permitem a cada educando construir-se e conviver entre os colegas na sala de aula, o relacionamento entre professor e aluno é atravessado por afetos de amor e ódio.
É importante que o próprio professor entenda que seu lugar não é apenas aquele que ensina, muitas vezes é transferido a ele o papel de “pai substituto”.
O aluno transfere toda sua vivencia no mundo externo para a escola e principalmente para o professor, e é essa relação de afetividade que propicia ou não a aprendizagem.
Esse texto embora um pouco complicado, fala sobre a "resistência", principalmente no processo de ensino-aprendizagem. Isso ocorrendo quando um aluno, através de transferências, conscientes ou inconscientes passam a resisitir a um modelo de escola. Modelo essse que o aluno fica preso dentro dos muros da escola, e que durante todo o período da aula ele fica retido.
ResponderExcluirA resistência a esse modelo de instituição é bem compreensivo, pois é claustrofóbico, para muitos.
Outra forma de resistência por parte de alguns alunos é em relação ao modelo de formação. E o que é formação? Pôr sob a mesma forma individuos tão diferentes. Desse modo, determinados alunos por não se adequarem aquela "fôrma" são chamados de "rebeldes". Uma opção que a mim (mera mortal, estudande de história)é a seguinte: as instituições de ensino poderiam ou deveriam não ter em mente ao ensinar, colocar sob a mesma fôrma todos os alunos, mas deveria oferecer uma "formação libertadora" que desse oportunidade ao aluno de ter e excercer sua autônomia na construção do seu conhecimento
Sem dúvidas o maior desafio de um professor é fazer com que os alunos tenham amor ao conhecimento, afinal com essa "ditadura" escolar eles acabam criando uma aversão ao estudo. Além disso há o fato de que cada aluno possui uma opinião diferente dos outros em relação às diferentes matérias vista na escola.
ResponderExcluirPortanto um bom professor é aquele que consegue atrair a curiosidade dos alunos em realmente aprender o conteúdo e não simplesmente decorá-lo.
O texto enfatiza muito que o professor deve sempre estar buscando alternativas para causar o interesse do aluno pela aprendizagem, concordo, porém há ocasiões em que o aluno transfere os problemas familiares para a escola se fechando ao conhecimento e impedindo que novas formas de absorvição do conteúdo sejam aceitas; assim como a transferência da dificuldade na escola pode ter uma ação no ambiente familiar.
ResponderExcluirQuando temos alunos interessados, por mais que tenham dificuldade, conseguimos transferir o conteúdo a ser aprendido com mais facilidade.
Portanto, não acho que a culpa recai toda sobre o professor, pois existem diversas personalidades com relação ao aluno e existem matérias com as quais o aluno tem mais facilidade e mais dificuldade. Podendo gerar um bloqueio por parte do aluno na assimilação do conteúdo.Lembrando que o professor deve sim sempre tentar identificar e solucionar a dificuldade do aluno para que a aprendizagem flua.
O PROFESSOR SOFRE PARA CONSEGUIR PASSAR CONHECIMENTO PARA OS ALUNOS, SEMPRE AS AULAS SÃO MONOTONAS, CHATAS, SENDO ASSIM CABE AO PROFESSOR IDENTIFICAR A CARENCIA PRINCIPAL DA SUA TURMA OU DE ALGUM ALUNO ESPECÍFICO E TENTAR INTERVIR DE UMA MANEIRA ONDE O ALUNO CONSIGA CAPTAR A MENSAGEM.ONDE ESTÁ O PROBLEMA? UMA PERGUNTA QUE ALGUNS PROFESSORES DEVEM FAZER A SÍ MESMO, O PROBLEMA E DE APRENDIZAGEM OU O PROBLEMA E DE ENSINAGEM TEMOS DE OLHAR PARA AMBOS OS LADOS.
ResponderExcluirCOMO ALGUNS COLEGAS LEVARAM PARA SUAS RESPECTIVAS ÁREAS VOU LEVAR ESSE PROBLEMA PARA DENTRO DA EDUCAÇÃO FÍSICA..UM ALUNO EM UMA ESCOLINHA DE FUTSAL, REALIZA UM TRABALHO TÉCNICO ONDE EXECUTA FINALIZAÇÕES PARA O GOL COM AS DUAS PERNAS E OS PAIS FICAM SE PERGUNTANDO O PORQUE DISTO SE SEU FILHO NÃO SABE CHUTAR COM UMA PERNA DIREITO PORQUE CHUTA COM AS DUAS. UMA COISA E CERTA,A AÇÃO PEDAGÓGICA QUE NÃO TEM COMO BASE AS POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DO PERIODO DE FORMAÇÃO, NEM SE UTILIZA DOS INSTRUMENTOS CULTURAIS POSSÍVEIS SEGUNDO O PERÍODO DE FORMAÇÃO E, ALÉM DISSO,NÃO SE APÓIA NAS FORMAS DE PENSAMENTO PRESENTES DO EDUCANDO SERÁ SEMPRE UMA AÇÃO PEDAGÓGICA COM POUCA PROBABILIDADE DE SUCESSO. OS PROCEDIMENTOS PEDAGÓGICOS TERÃO QUE, NECESSÁRIAMENTE, SER DISTINTOS CONFORME A IDADEDE FORMAÇÃO EO CONTEXTO DE DESENVOLVIMENTO. CABE O PROFESSOR IDENTIFICAR ESSA CARENCIA PRINCIPAL DO ALUNO,NO CASO DO EXEMPLO CITADO FALAR PARA OS PAIS QUE NA INFANCIA SE DA O ALARGAMENTO DAS BASES MOTORAS E PENSAR SE SUA FORMA DE PASSAR O GESTO MOTOR É CORRETO, POIS CADA UM TEM SUA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA..ASSIM SENDO DEVE-SE OLHAR PARA AMBOS OS 2 LADOS O DA APRENDIZAGEM E O DA ENSINAGEM, SÓ ASSIM O PROFESSOR IRÁ ENTENDER ESSA PROBLEMÁTICA RELAÇÃO ENTRE ELE E O ALUNO.
Não se pode ser depósitado o facasso na aprendizagem de certos alunos, exclusvamente a um lado, sendo o do professor ou do aluno, mas o mais indicado para resolver esse problema é o professor.
ResponderExcluirEle deve ser o avaliador, tutor, mediador da dificuldade do aluno, deve estar sempre atento a qualquer desvio de aprendizagem. O professor deve servir de exemplo, positivo, para seu aluno, devendo tratá-lo de forma igualitária e não autoritaria, gerando um relacinamento de troca de conhecimento e não imposição. Portanto o professor deve ser o guia do caminho que o aluno deve escolher.
A relação professor x aluno é algo de extrema importância no aprendizado e na formação do aluno podendo se manifestar de forma positiva ou negativa, uma vez que o professor se mostre interessado no processo,ele contribui positivamente para esse aluno se tornar um cidadão com mais autonomia e apto a fazer o seu melhor, pois um ambiente sem hostilidade faz com que tudo se torne mais prazeroso.
ResponderExcluirTodavia esse espaço será de imaginação e descoberta, através da dedicação do mestre e da participação do aluno uma vez conquistada, mostrando para o educando a sua importância e seus limites dentro da escola, quebrando esse clima de insegurança, desconfiança e medo. É bom lembrar que a resistência impede o conhecimento. Sabendo que para se construir uma atmosfera de segurança, paz e aprendizado dentro do processo educacional é primordial uma relação de troca contínua.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir"COMENTÁRIO CORRIGIDO"
ResponderExcluirAluno: Murilo Flávio da Silva Moreira
turma: segunda-feira 21:00 as 22:30
Psicologia da Educação (UERJ)
Diante do ambiente impositivo e incomum da escola e do distancimanto que ela representa em relação à realidade experienciada pelo aluno em seu cotidiano, a reação desse é uma defesa, não um ataque. Desta forma, se valendo do mesmo modelo de poder que foi apresentado no texto, tem sido mais fácil avaliar e enquadrar o aluno, quando seria tão ou mais proveitoso avaliar todos os aspectos e realidades transversais que concorrem no processo educacional, passando pelo metodologia de ensino, a seleção de conteúdos e a flexibilização desses aspectos diante das peculiaridades apresentadas pelos alunos e pelas limitações de recursos que os professores têm à disposição.
Um dos problemas existentes hoje em dia é que se espera muita flexibilidade do aluno(quando na verdade existem OS alunos) para se moldar a um modelo pronto, mas a escola não oferece essa flexibilidade e na maioria das vezes sequer reconhece a sua necessidade.
A inadequação do aluno não é um traço de personalidade ou uma inquietude inerente à sua imaturidade juvenil (apenas), ela também decorre do unilateralismo, do autoritarismo e da inflexibilidade que permeiam as relações escolares.
Raphael Lee - Psicologia da educação (turma 3) quarta-feira M1 e M2
ResponderExcluirDe acordo com o que eu li, achei muito fácil entender o que o texto nos passa, pois é de fácil compreensão. É a simples ideia de que todo professor tem que conseguir fazer com que todos os seus alunos se interessem pela matéria através do professor, pois cabe a esse fazer um tipo de conexão com o aluno para que ele se interesse pela matéria e que essa não seja somente mais uma coisa a estudar e sim algo que ele vai ter vontade de entender.
NO texto nos diz:
"A transferência se produz quando o desejo de saber do aluno aferra-se a um elemento particular, que é a pessoa do professor. O aluno atribui, então, um sentido especial àquela figura determinada pelo desejo."
Isso ajuda ao aluno na hora de criar a tal resistência citada no texto. Caso ele tenha essa boa conexão com o professor, não haverá uma resistência a tal matéria e caso haja resistência, este aluno não irá aprender nada, justificando que não gosta do professor então a matéria passa a ser chata, isso não se passa somente no colégio, conheço muitos que também largam a matéria na faculdade pelo mesmo motivo. E por experiência própria posso afirmar que existe essa resistência, porque odiava história justamente por causa do professor que era ruim (No meu ver). A escola já não é de total ajuda, para que o aluno se mantenha na escola, então caso o professor também não faça o seu papel direito, ele acabará contribuindo para que o aluno se apegue a ideia de largar o colégio ou apenas a ideia de que ele não vai conseguir aprender aquela matéria nunca. Criando a tal resistência.
OBS: Outro caso dessa situação foi citada em sala (o filho do professor).
Márcio Messias Belém - UERJ - Turma 13 (noite)
ResponderExcluirDentro do imaginário social brasileiro, a figura do professor tem sido profanada de forma sistemática.
Tal profanação desta imagem, é resultado de vários fatores crônicos e repetitivos, no qual eu tomo a liberdade de discutir alguns deles, remetendo-os para o assunto em questão: 'A difícil relação entre professor/aluno e aluno/professor'.
O professor, segundo Rodolfo Ferreira, em seu livro "Entre o Sagrado e o Profano, o Lugar Social do Professor", antes colocado em uma condição de "endeusado" e "venerado" dentro deste imaginário, atualmente tem a sua imagem manchada por conta de uma exposição pública que o ridiculariza perante a sociedade. No final deste livro, há uma pergunta feita à uma estudante do último ano de 'Normal' sobre o porquê dela estar fazendo aquele curso, o que ela responde abertamente: "Eu faço Normal porque sou burra!"
Veja, o quanto a profissão do Magistério está vilipendiada por conta desta exposição pública no cenário nacional, ocasionada pelo desrespeito a imagem do mestre e também por conta de sua péssima remuneração salarial.
Segundo Ferreira, a feminilização da profissão é um dos fatores responsáveis pela queda salarial, visto que a profissão do magistério passou a ser vista como pertencente às mulheres desejosas de reforçarem o orçamento de suas casas (Disso falaremos em outra ocasião, pois a nossa intenção é de dar sentido a proposta do tema em aberto).
Todo o sentido de minha argumentação, visa demonstrar que há um 'efeito dominó' que tomba e danifica toda estrutura da figura do professor moderno, começando por baixos salários e ridicularização da profissão, desarticulando todas as possíveis pontes necessárias de relacionamentos entre alunos e mestres.
Sendo assim, este 'pobre' professor se vê em sala de aula, cercado por alunos que desmerecem a profissão, como no texto dos "ALIENÍGENAS EM SALA DE AULA" (Bill Green e Chris Bigun- 1995), que aborda uma situação em que os alunos, aos olhos do mestre, são uns seres estranhos,e por sua vez, na ótica da classe, é o professor o alienígena.
(Continuação) --> Márcio Messias Belém
ResponderExcluir___________________________________________
A exposição pública dos baixos salários do educador e o desenho que a mídia abertamente faz sobre eles, pintando-os como 'pobres coitados', sofríveis e angustiados, sempre dispostos ao martírio, são causas fortes, talvez as maiores, de implicação para que o aluno não olhe para o seu mestre como um líder vitorioso, alguém a ser seguido, antes o tem como aquele qualquer, um modelo a ser desprezado ("Pois quem vai querer ser como ele?- diriam: "Estudar pra quê? prefiro ser moto-taxi ou ter meu lava-jato")
Nesse paradoxo, alguns educadores se esforçam para entregar o melhor de si, porém, acabam por enveredar por outro caminho, tão perverso e enganador quanto é o estrago causado pelo desprestígio da classe magisterial. E de qual caminho seria este, tão perverso e enganador que estou falando? Estou argumentando à respeito do 'Efeito Pigmaleão', que é uma realidade no relacionamento entre os 'atores' de uma sala de aula (Por 'atores' entenda o professor e os alunos).
Também chamado Efeito Rosenthal, "o Efeito Pigmaleão foi assim nomeado por Robert Rosenthal e Lenore Jacobson, destacados psicólogos americanos, que realizaram um importante estudo sobre como as expectativas dos professores afetam o desempenho dos alunos. É simples: professores que têm uma visão positiva dos alunos tendem a estimular o lado bom desses e a obter melhores resultados; professores que vêem os alunos com olhos negativos adotam posturas que acabam por comprometer negativamente o desempenho desses."
Sendo assim, concluo que, em se tratando de relacionamento entre os atores da educação(Professores e alunos, no caso), se faz urgente a redescoberta do professor no imaginário social, da figura do mestre cheio de credibilidade, que desperte fascínio e admiração ante aos seus alunos, pois tudo fica fácil quando o educador é admirado por seus alunos.
E que o mestre que porventura venha a ler este comentário, não incorra no "Efeito Pigmaleão", selecionando alguns em detrimento de outros. Antes, que busque 'pontes de comunicação' que aproximem todos em igual, afim de que haja uma perfeita sintonia e crescimento em sala de aula.
Ler o texto me foi quase desnecessário. Digo isso porque passei todo ele pensando em uma só frase do fim do primeiro parágrafo: "desenhar saídas possíveis para o impossível de educar".
ResponderExcluirÉ claro que digo isto como forma de expressão, mas, isso a parte, tal frase remontou-me, antes mesmo de ler o dito de Kupfer “Aprender é aprender com alguém”, à Paulo Freire quando diz: "Ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo" (Pedagogia do Oprimido. 9 ed., Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra. 1981, p.79).
Com esse pressuposto, confrontamos o posicionamento corrente da prática pedagógica, e até mesmo social, da identificação do professor como o único detentor do conhecimento e condutor do processo educacional, fato este abordado no terceiro comentário do professor Futuro. Não reconhecer o aluno como elemento fundamental na construção do saber é negar sua participação na própria formação e na formação do outro (outro este que pode, sem dúvida, ser o próprio professor). E essa distância entre o eu e o tu é repleta de mundo, de vivências e experiências próprias e/ou comuns que podem, e certamente irão, modificar-se e expandir-se na proporção do avanço existencial.
Uma posição tal como essa não é somente ruim como também um desserviço a sociedade e a construção cidadã do ser ainda muito pouco formado (como no caso das crianças) onde esse modelo de representatividade baseado na verticalização das relações entre os homens imprime um caráter de verdade absoluta que perdurará gerações. Esse relacionamento vertical entre aluno e mestre pode incorrer em duas atitudes, ambas desfavoráveis: submissão ou revolta.
Thiago da Silva Meirelles, estudante da disciplina Psicologia da Educação, UERJ, Segundas-Feiras às 21:00.
Como temos um modelo engessado da estrutura do ensino, focado em cumprimento de cronogramas e normas que envolvem prazos e avaliações o professor se vê em uma situação onde se acha incapaz de provocar uma mudança que facilite a política de inclusão e o aluno que não consegue progresso em sala de aula começa a apresentar certa resistência a aprendizagem, na verdade, cada aluno tem seu tempo de aprendizagem e isso tem que ser percebido e respeitado pelo professor, que dessa forma deveria abrir mão de prazos e metas a serem cumpridas, focando nos pontos em que o aluno apresenta dificuldade. Mas como o professor não toma nenhuma atitude diante dessa situação se torna omisso e os alunos em sua maioria, revoltados por não conseguir sucesso na arte de aprender A transmissão do saber se produz quando o aluno se vê motivado em aprender, mas para que isso ocorra o professor tem que se preocupar menos com os cronogramas e focar sua função de mestre em um sentido mais amplo que não é simplesmente apresentar a matéria a ser transmitida
ResponderExcluirTodas as pessoas que pretendem ou são professores, sabem que educar não é nada fácil, ainda mais nos tempos de hoje.
ResponderExcluirProfissão essa que devem ter muita paciência, persistência, e o "amor" que no texto fala. Sim, acho que o amor deve estar também na educação e em qualquer lugar. O Amor pelo aprendizado, pela profissão de professor e não somente nessa profissão, em todas devia haver Amor. Pois só assim as pessoas desempenharão suas funções corretamente, felizes e com grandes êxitos.
Afinal de contas, o professor será uma parte muito importante na vida de seu aluno, pois lhe ensinará tudo o que deve ser lhes será importante para seu futuro.
O aluno, como um ser em formação, será sim, em muitas vezes, difícil de “moldar”, mais creio que com esse amor e dedicação, mais a colaboração do aluno as relações só tendem a melhor tanto na vida de um como na do outro. Pois dificuldades e inflexibilidades haverão para os dois lados, a questão é a de qual a melhor maneira de se passar e vencer os obstáculos dessas deficuladades.
A relação professor-aluno me parece, por sua própria natureza ser uma relação conflituosa. O indivíduo que vai todos os dias a uma instituição de ensino e se propõem a aprender, é um ser em construção, cuja realidade difere, na maior parte das vezes da própria realidade da instituição e do outro indivíduo que se propôem a ensinar. Esse, o professor, o mestre, também possui sua bagagem de vida,muito maior é claro, com mais elementos, mas que nem por isso possa significar que ele é incapacitado de descobrir coisas novas, aprender mesmo com aquele que assiste suas aulas. Ao aluno sem um arcabouço familiar, sem uma situação socio- econômica favoravel, a escola e muitas vezes o professor, ao impor uma realidade, obrigações, em nada condizentes com as suas necessidades( do aluno), podem vir a causar situações de resistência, indisciplina, desmotivação para aprender, rebeldia, temperamento e atitudes violentas, evasão escolar. Cabe, ao meu ver, ao professor, que é aquele que mais lida com alunos procurar mudar essa realidade, se abstendo de suas concepções, muitas vezes preconceituosas, abrindo espaço para que aquele que assiste as aulas possa entender que faz parte do processo, sua experiência de vida é essencial para o aprendizado. Como professores em formação acredito que o primeiro passo para a quebra das resistências, é operar a verdadeira transformação na nossa forma de ver e lidar com nossos alunos.
ResponderExcluirNeuza Carla C. M. Azevedo-turma13 N5 N6
Neuza
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir"Educadores, de um modo geral, não economizam em seus discursos falas que indicam a “resistência à aprendizagem” como o fator principal do fracasso escolar de determinados alunos."
ResponderExcluirNo cotidiano escolar podemos perceber claramente o que foi explicitado no trecho acima, retirado do texto Resistência ao “Amor à Verdade”. Há professores que se portam com total autoritarismo em sala de aula. Os alunos devem permanecer em silêncio, não devem demorar a fazer seus deveres, não podem mudar de lugar, tem horários para sair de sala, e qualquer comportamento fora disso será corrigido com castigos. Esses são exemplos de como esse autoritarismo se manifesta em sala de aula. Esses mestres se esquecem que cada aulo é um ser individual e que cada um traz para sala de aula os saberes e a educação que adquiriu fora dela. Em sua vida cotidiana, o aluno se manifesta quando quer, vai ao banheiro quando quer e come quando sente fome. Ao impor horários, regras, e proibições para as atividades que os educandos realizam normalmente em seu cotidiano fora da escola os professores estão impondo um comportamento ao qual os alunos não estão acostumados. E essa imposição leva os alunos à resistência. Mas como se dá essa resistência?
Alguns educadores, como foi dito no texto, falam que certos alunos tem resistência ao saber\aprender. Isso seria um diagnóstico baseado na imaginação e não em análises, análises do comportamento dos alunos e autoanálise do professor. O aluno não resiste ao saber\ aprender, ele resiste ás regras impostas pois, segundo foi explicitado no texto, isso o leva ao gozo. O aluno infringe a regra imposta pois essa não é a realidade que ele está acostumado. O ambiente escolar se torna desagradável e, consequentemente, torna-se desagradável o "aprender".
É importante ressaltar que como há professores autoritários, há também sistemas escolares autoritários. Esse tipo de comportamento por parte dos professores muitas vezes é imposto, induzido ou estimado pelos dirigentes e coordenadores das escolas. Acredito que, em sua maior parte, as escolas que o fazem sigam linhas mais tradicionais de ensino. São escolas que adotam como instrumento de ensino somente quadro, livro e caderno. E além do mais resistem a métodos que se contrapõem aos seus.
Aluna: Isabele dos Santos Mendes
ResponderExcluirTurma 3 - Quarta M1/M2
Psicologia da Educação
Pode-se observar, dentro do cotidiano escolar, que, os fatores afetivos e a relação professor-aluno influem grandemente no processo de aprendizagem. Como é defendido por Vygotsky, a construção do conhecimento ocorre a partir de um intenso processo de interação entre as pessoas. Assim sendo toda aprendizagem está impregnada de afetividade, já que ocorre a partir das interações sociais, num processo vincular. Portanto o bom relacionamento entre aluno e professor contribui grandemente para o processo de aprendizagem.Embora o professor, em sala de aula, expresse suas intenções, crenças, seus valores, sentimentos, desejos que afetam cada aluno individualmente, ele precisa estar atento para não impor tais crenças, valores, desejos. É necessário que se respeite a individualidade do aluno e que se reconheça seus interesses e necessidades de forma individualizada.
O docente precisa se colocar não como detentor do conhecimento, mas como um facilitador para a aprendizagem do educando. A postura do docente para com o estudante deveria refletir uma posição de cooperação e não de imposição, subjugação ou abuso de autoridade. Se faz importante também desenvolver no aluno a autonomia. O aluno não deveria estar na escola somente para reproduzir aquilo que lê ou escuta; a escola deveria ser um local de produção do conhecimento, um lugar de reflexão, análise critica, de busca de soluções; educação envolve mais do que conteúdo curricular, significa formação humana, cultural e social.
Faz-se necessário adequar as tarefas às possibilidades do aluno, fornecer meios para que realize a atividade, demonstrar confiança em sua capacidade, demonstrar atenção às suas dificuldades e problemas, pois a construção da auto-estima e da autoconfiança influi diretamente no processo de aprendizagem.
Ao ler o texto, cheguei numa conclusão que a relação professor aluno não é muito boa no nosso condidiano.
ResponderExcluirO professor sendo obrigado a dar suas matérias dentro de um sistema injusto que só pensa nos resultados e não no aluno,as avaliações são injustas e o aluno acaba saindo da escola ,por não ter um professor que saiba a chegar ao aluno.
O aluno resistente não significa que ele não saiba a matéria ,as notas baixas não não é sinal de não saber.
afinal oque é o saber?é se enguadra no sistema, não ter resistência ao que estar se passando, a materia em que estar aprendendo, bom um sistema cujo não respeita o pensamento individualé considerado o saber?talvez tenha que repensar num outra forma de avaliação do individuo na escola porque se isso não acontecer sempre vai ocorre a relação de mestres e escravos no nosso ensino.
Cristiane Cesarino faria
Ao ler o texto vejo, um confronta mento entre o que é ser um professor e um mestre; detenção do saber total, sem que haja por parte dos alunos, com certeza os mais jovens, um confronta mento com o mestre ao se perguntarem o que ele está passando. Os alunos possuem não resistência ao saber, mas sim ao modelo ultrapassado, a não saber por que o que aprende, e o mais importante, por não aprenderem o que eles realmente querem. Trago essas palavras por experiência própria, ao dar aula de matemática para um aluno do nono ano, e ele entenderem o que se faz e como se faz, mas por estar defasado com relação às matérias antes vistas, esse aluno apresenta um quadro de não aprendizagem, de não querer aprender, muitas vezes, essa matéria, pois, ele mesmo sabe o que precisa, mas não sabe como encontrar.
ResponderExcluirAluna: Thaísa de Queiroz Muniz
ResponderExcluirTurma: Psicologia da Educação/ Turma 03/ M1 e M2
Devemos ter uma analise sempre atenta dos discursos que recebemos,para desta forma não repetirmos o senso comum. O texto, assim, demostra que por trás de muitos discursos que enfatizam uma espécia de resistência do aluno ao saber, que pode ser observado através de determinados comportamentos violentos e de indisciplina. No entanto, temos que observar, que essa resistência, assim como a psicanalise nos mostra, não é ao conhecimento, mas ao modelo, e a sua imposição.
Para que o aluno adquirira algum saber é necessário ter interesse, desejo. Podemos observar uma transferência da resistência do aluno ao modelo escolar, a uma imposição cultural para a sua relação com o professor, suas ações, ou seja, a reflexão do problema para outras situações diversas.
Para as crianças o professor, é um dos primeiros substitutos dos pais, então é importante que o próprio professor entenda que o lugar que ocupa em relação aos seus alunos não é apenas o daquele que ensina.
ResponderExcluirMuitas vezes a ausência de uma família para o aluno impacta em diversas revoltas e rejeições com a escola/professor. O sistema de educação é também o causador de diversos problemas em sala de aula. Tornando alunos e professores desinteressados, o professor com o emprego e o aluno com a aprendizagem.
Concordo com os comentários realizados pelo Professor Antônio Futuro.
ResponderExcluirComo contribuição a esta proposta tenho a dizer sobre a resistência, que é inteligente, plauzível, faz sentido e parece ser um tanto lógico o que afirma Lacan: "O amor, afirma Lacan (1985), é, sem dúvida, um efeito de transferência mas em sua face de resistência. Dessa forma, estabelece-se o meio pelo qual se interrompe a comunicação do inconsciente, ou seja, pelo qual o inconsciente torna-se a fechar." Porém acho que o amor na relação professor-aluno é algo dífícil, pode haver confusão nas relações, intimidade indesejável ou inevitável, apadrinhamento, discriminação e etc. O que deve prevalecer é o respeito entre as partes. O professor deve ter amor pelo seu saber, pelo aluno enquanto próximo, irmão ou cidadão criado por Deus, que está na posição de ser conduzido pelo professor a um estágio posterior de conhecimento ou educação.
O professor deve saber se portar e saber que está em um nível superior ao dos alunos, e é depositário do que os alunos desejam, e é interferência dos que não desejam tal depósito. Face a esta última, deverá encontrar os meios para superar esta dificuldade, ou contornar, sem deixar que ela lhe atrapalhe, na Igreja ninguém se levanta para dar a missa no lugar do Padre porque não concordou com ele, eu nunca vi uma pelo menos.
Não concordo com a citação de Freud, após Lacam, pois acredito que reflexões e interpretações e novas interpretações sempre nos ajudam.
E para finalizar o texto acaba de forma bem poética, faz sentido; a posição do professor existe, mas não existe, se existisse ninguém poderia ocupá-la, pois já estaria preenchida correndo o risco de destruí-la - no caso para os que querem a docência - todos podem ,então, sonhar, mas obrigatoriamente terão que passar pela universidade. Os outros seguirão seus caminhos, mas derrepente também se encontrarão na universidade ou pela vida.
Acho que devemos refletir sobre o trabalho do professor, no que tange a resistência ao aprendizado que deve ultrapassar o saber acadêmico puro e simples. O professor não deve reproduzir o modelo autoritário, onde há uma sujeição do aluno, tal e qual na relação “senhor –escravo”, conforme citado no texto, devemos enquanto futuros educadores não repetir este modelo, estimulando o aluno sempre que possível, quando essa possibilidade de aprendizado também é possibilitada, pelo aluno .
ResponderExcluirTive recentemente uma experiência, ao fazer estágio para a disciplina Prática de Ensino, conversávamos eu e o professor sobre como ele fazia pra dar uma aula que chamasse a atenção dos alunos e ele disse que o material, tinha que ser o mais objetivo possível, pois “os alunos não liam”, e continuando o raciocínio, ele disse que tinha sempre que possível de trazer recursos audiovisuais para incrementar a aula e chamar a atenção dos alunos, bem como, jornais e revistas também.
Para o aprendizado acontecer, alunos, professores, pais, e escola tem que caminhar juntos, tudo isso associado a um ambiente propício ao ensino (infelizmente o modelo escolar está anos luz longe de ser assim), onde a figura de mestre detentor do conhecimento absoluto, seja diluído, e que ambos, professores e alunos sejam sujeitos do conhecimento a fim de que ao contrário do modelo pedagógico tecnicista não haja uma fragmentação do aluno, como mero espectador que está sendo preparado para o mercado de trabalho. Por essa razão dentro das escolas as discussões que procuram compreender esse quadro tão complexo e muitas vezes, caótico, no qual a educação se encontra mergulhada são cada vez mais frequentes. Professores debatem formas de tentar superar todas essas dificuldades e conflitos, pois percebem que se nada for feito ficará ainda mais difícil ensinar e educar.
Entretanto, observa-se que até o momento, essa discussões vêm sendo realizadas apenas dentro do âmbito da escola, basicamente envolvendo direções, coordenações e grupos de professores. Em outras palavras, a escola vem gradativamente, assumindo maior parte da responsabilidade pelas situações de conflito que nela são observadas. Assim, procuram-se novas metodologias de trabalho, muitos projetos são lançados e inúmeros recursos também lançados pelo governo no sentido de não deixar que o aluno deixe de estudar. Porém, observa-se que se não houver um comprometimento maior dos responsáveis e das instituições escolares isso pouco adiantará.
Acho que devemos refletir sobre o trabalho do professor, no que tange a resistência ao aprendizado que deve ultrapassar o saber acadêmico puro e simples. O professor não deve reproduzir o modelo autoritário, onde há uma sujeição do aluno, tal e qual na relação “senhor –escravo”, conforme citado no texto, devemos enquanto futuros educadores não repetir este modelo, estimulando o aluno sempre que possível, quando essa possibilidade de aprendizado também é possibilitada, pelo aluno .
ResponderExcluirTive recentemente uma experiência, ao fazer estágio para a disciplina Prática de Ensino, conversávamos eu e o professor sobre como ele fazia pra dar uma aula que chamasse a atenção dos alunos e ele disse que o material, tinha que ser o mais objetivo possível, pois “os alunos não liam”, e continuando o raciocínio, ele disse que tinha sempre que possível de trazer recursos audiovisuais para incrementar a aula e chamar a atenção dos alunos, bem como, jornais e revistas também.
Para o aprendizado acontecer, alunos, professores, pais, e escola tem que caminhar juntos, tudo isso associado a um ambiente propício ao ensino (infelizmente o modelo escolar está anos luz longe de ser assim), onde a figura de mestre detentor do conhecimento absoluto, seja diluído, e que ambos, professores e alunos sejam sujeitos do conhecimento a fim de que ao contrário do modelo pedagógico tecnicista não haja uma fragmentação do aluno, como mero espectador que está sendo preparado para o mercado de trabalho. Por essa razão dentro das escolas as discussões que procuram compreender esse quadro tão complexo e muitas vezes, caótico, no qual a educação se encontra mergulhada são cada vez mais frequentes. Professores debatem formas de tentar superar todas essas dificuldades e conflitos, pois percebem que se nada for feito ficará ainda mais difícil ensinar e educar.
Entretanto, observa-se que até o momento, essa discussões vêm sendo realizadas apenas dentro do âmbito da escola, basicamente envolvendo direções, coordenações e grupos de professores. Em outras palavras, a escola vem gradativamente, assumindo maior parte da responsabilidade pelas situações de conflito que nela são observadas. Assim, procuram-se novas metodologias de trabalho, muitos projetos são lançados e inúmeros recursos também lançados pelo governo no sentido de não deixar que o aluno deixe de estudar. Porém, observa-se que se não houver um comprometimento maior dos responsáveis e das instituições escolares isso pouco adiantará.
Aluna: Vivian de Oliveira Silva - UERJ
ResponderExcluirPsicologia da Educação – Turma 3 – Qua. M1 – M2
O trabalho do professor não deve limitar-se ao velho molde de ser um ser distante, que está no comando de sua turma apenas para transmitir seus conhecimentos sem se importar com as diferenças existentes entre seus alunos. Professores que se enquadram neste modelo de imposição e inflexibilidade tendem a receber grande resistência por parte de seus alunos, uma vez que estes em grande parte diferem muito de seus professores no que diz respeito a questões como cultura, nível social, diferenças estas que também são sentidas nos próprios alunos entre si.
Cabe ao professor para obter maior êxito no processo de transmissão de seus conhecimentos, adequa-los ao desejo de seus alunos, uma vez que este saber também é por direito algo a ser repassado para os mesmos, algo que deve lhes pertencer.Portanto o professor deve quebrar o estigma da imagem de ser um ser dominador em sala de aula, e exercer o papel de um ser agregador que se disponha a despertar o interesse de seus alunos, uma vez que estes tem o professor como um modelo.
O processo do aprendizado então deve partir do amor, como o texto menciona, e não de formas impositorias como aconteciam antigamente em velhos modelos de relação assim como o texto menciona por exemplo nas figuras do mestre e do escravo.
Aluna: Adriana Alves da Cunha
ResponderExcluirPsicologia da Educação turma:13(Seg.N5-N6)
Com base na leitura do texto acima, pode-se argumentar que o educador deva procurar o equilíbrio nas suas práticas pedagógicas de quando ocupar ou não o lugar de mestre. Na dinâmica do processo educativo, a figura de autoridade asumida pelo professor e depositada pelo aluno se faz necessária,entretanto, apesar dessa condição, ele não deve considerar ser o possuidor de verdades e conhecimentos estáticos através dos tempos e sim deve instruir o aluno com conhecimentos elementares para que este possa construir sentidos significativos para o seu processo de aprendizagem.
A resistencia a aprendizagem por um grande número de alunos está assciada ao estigma que sala de aula possui, isto é, um local que dotado de regras, que exige obdiencia, cumprimento de horários. Uma escola pode para muitos ser um ambiente hostil. Cabe ao professor libertar-se dos cliches que rondam a educção por séculos
ResponderExcluirNome: Juliana Maria Bastos Alves
ResponderExcluirTurma 03 - Noite - Aprendizagem
A relação professor/aluno se dificulta não só quando o aluno se fecha para aprender, mas também quando o professor não tem interesse em estimulá-lo, prender sua atenção, usar de ferramentas para despertar o interesse do aluno, ele abusa de seu lugar naquele espaço de sala de aula, impondo situações e regras. O aluno por sua vez vai de encontro com o professor , não aceitando suas determinações, sendo levado a até largar a escola. O professor deve tentar de tudo para conseguir fazer com que o aluno permaneça na aula e sinta prazer em aprender.