29.3.11

Educação bem estruturada gasta menos que devaneios de municípios que inventam fórmulas mirabolantes!!!


Paraná é um bom exemplo,  


Gostaria de iniciar este texto com uma comparação entre o investimento feito por aluno(a) no município do Rio de Janeiro e o município citado no titulo, contudo infelizmente não disponho do valor deste investimento na cidade maravilhosa. Interessante destacar que o estado de Minas Gerais que ocupa o primeiro lugar entre os índices dos Estados nas primeiras séries do fundamental, com índice de 5,8, teve no custo desta educação um relação diametralmente inversa ao resultado. Ou seja, ficou em 13º lugar, em 2009, com um custo de R$ 1.707,01.

Em 2011, os investimentos por estudantes continuam os mais altos, acima do CAQi, (Custo Aluno Qualidade Inicial), valor estabelecido pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação como o mínimo para oferecer educação com qualidade.

Já em São Paulo e Distrito Federal, com uma média de 5,4 (o que não foi tão ruim) o elevado custo por aluno ficou acima de R$ 2.100, no entanto no Paraná, com nota 5,2, notem que este resultado é muito próximo dos índices citados anteriormente, porém a diminuta arrecadação deste município em relação aos primeiros fez com que o investimento ali fosse de menor monta, ou seja, R$ 1.580,84, portanto, R$ 230,75 a mais que o mínimo. O Paraná é um dos estados que aparecem a final deste texto, como um dos pioneiros na implementação do sistema de ciclos.

Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, diz que, mesmo com a nota proporcionalmente alta, Minas Gerais e São Paulo deveriam ter um Ideb já na média da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), na nota 6. “São Estados com grande capacidade de arrecadação. E seus municípios também. O dinheiro do Fundeb( não é tudo o que é investido na educação. Mas há uma diversidade grande dentro dos Estados, sobretudo em Minas. Eles deveriam fazer muito mais pela educação.”

O caso do Paraná representa o oposto. O custo por aluno não está entre os mais altos, mas o Estado otimiza seus recursos, segundo Cara, investindo, sobretudo em parcerias entre municípios e permite que o Estado, por exemplo, possa dar cursos de formação de professores.

Interessante ressaltar a variedade de propostas existentes como tentativas de superação do fracasso escolar, em diferentes redes de ensino público, via de regra, estas experiências ganham denominações diferentes, tais como: promoção automática, progressãocontinuada, avaliação continuada, classes de aceleração ou correção de fluxo, conselhos participativos, sistemas de dependência, recuperação nas férias...

Pode-se afirmar, sem exageros, que atualmente estas iniciativas vem ganhando uma certa homogeneidade, logo há uma predominância da implementação da utilização da escolaridade em ciclos, como as adotadas pelas secretarias de diferentes estados e municípios: SEE/SP, SEE/MG, SEED/PR, SME/SP, SMEC/POA, SME/BH, SME/DF, SME/FME/Niterói, SEDUC/CE, SME/DF, dentre as principais experiências.

Neste sentido, estes estados e municípios que começam a despontar no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) são frutos desta curiosa relação, ou seja, menor Investimento x melhores Resultados.

Ainda é cedo para produzir uma afirmativa desta natureza, porém é fato que o resultado destas experiências sugerem que a escola tradicional caminha a passos largos para uma reformulação de seu modelo pedagógico, assim como, é factível que estas novas narrativas da Educação se apresentam cada vez mais como propostas viáveis, onde ficam caducas as falas que estas sejam ousadas, utópicas, impossíveis... Impossível é sustentar uma Educação que ostenta os maiores índices de reprovação escolar do mundo.



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