14.10.10

Agredecimento de Marcelo Freixo

Só tenho a agradecer. Agradeço a cada membro do mandato, pois juntos buscamos construir o melhor que se espera de uma ação parlamentar. Agradeço a cada figura pública - artistas, intelectuais, dirigentes de movimentos sociais, lideranças das mais diferentes frentes - que se expuseram na campanha. Agradeço a cada militante, a cada ativista voluntário, que nas ruas e na internet divulgaram com afinco e amor a nossa proposta. Agradeço a cada amigo que disseminou incansavelmente o meu número. Agradeço a cada eleitor que ratificou, com seu voto, a importância que o mandato teve para o estado. Agradeço a todos e todas que fizeram o ativismo voluntário superar a força da grana e os esquemas dos podres poderes. Antes mesmo do resultado das urnas nossa campanha já era vitoriosa: por reafirmar valores e enfrentar as máfias, sem sujar a cidade e sem alianças espúrias.
A frase de Brecht, tão divulgada nesses três meses em nossas atividades - "nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar"-, foi confirmada nas urnas. Os surpreendentes 177.253 votos coroaram uma vitória que teve início nas conquistas parlamentares como a CPI das milícias, a lei que reconheceu o funk como cultura, a ampliação da licença maternidade para as servidoras, a reparação aos animadores culturais, a criação do comitê de prevenção e combate à tortura, o combate ao trabalho escravo e da fundamental integração com os movimentos sociais. Uma vitória conquistada na sociedade civil.
O PSOL demonstrou maturidade e comprometimento com a boa política. Plínio, Jefferson, Milton Temer, Chico Alencar, foram companheiros solidários, comprometidos, que colocaram em primeiro lugar a importância das conquistas sociais . Fizeram uma campanha linda, politizada, com mensagens e atitudes voltadas para melhorar a vida das pessoas. É preciso maturidade para colocar interesses coletivos acima dos particulares. E esses companheiros, em toda a campanha, agiram firme nesse sentido. É isso, vencemos a vitória da coletividade. Todos nós, os membros do mandato, filiados ou não ao PSOL, quem apoiou ou votou, quem panfletou ou torceu, quem divulgou ou apostou, somos os responsáveis pela reafirmação de que o Rio não é o mesmo.
Alteramos, juntos, o senso comum sobre o significado das milícias, do funk, dos direitos humanos. Lutamos o tempo todo pela vida e pela defesa de direitos. Isso ficou muito claro na surpreendente votação que tivemos nas áreas onde atuam esses grupos mafiosos de milicianos. O orgulho por essas pessoas que votaram no 50.123 não tem preço, assim como o agradecimento que temos por cada uma. Fomos incansáveis contra as injustiças. Não deixamos transformar nossas obrigações em virtude, mas transformamos as virtudes em compromisso coletivo. A despolitização, a padronização, a naturalização, são significados que só importam a quem quer manter tudo como está. E é claro que a sociedade quer mudança. A vitória do dia 3 demonstra que somos muitos com coragem para mudar. E nos deixa com mais força e otimismo.
A ameaça constante a minha vida veio de encontro a uma blindagem de milhares de pessoas que se mostraram solidárias e que querem a continuidade do que fizemos. Faremos mais, com você! Discutiremos um projeto de cidade, defenderemos a democracia e aprofundaremos a fiscalização do governo, que é central para o legislativo. Mais participação, mais envolvimento, mais vitórias. Isso não tem preço. Contra as placas, contra os milhões de reais, contra os "homens máquinas", prevaleceu o comprometimento, a solidariedade, o ativismo e a energia da juventude. Vamos juntos continuar a mudança do estado do Rio de Janeiro, pois nada deve parecer impossível de mudar!
Forte abraço,

Marcelo Freixo

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