6.5.11

Censo aponta que 14 milhões de brasileiros acima dos 15 anos são analfabetos


Em pensar que um dia a EJA foi pensada como um projeto com data prevista para terminar...

Maioria da população que não sabe ler ou escrever encontra-se no Nordeste

Dados do Censo 2010 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgados nesta sexta-feira revelam um retrato nada agradável para a educação brasileira. Segundo o IBGE, 14 milhões de pessoas com 15 anos ou mais são analfabetos. Estes dados revelam o quanto a formatação atual da Educação brasileira, não é capaz de superar as adversidades historicamente produzidas aos setores mais empobrecidos de nossa população. Decerto, que este número não é responsabilidade somente do modelo educacional em curso, contudo este poderia ter dado uma resposta mais satisfatória, desde que houvesse uma intencionalidade nesta direção. Aqui não se trata de culpabilizar o professorado por não ter formulado uma ação pedagógica capaz de reverter sete quadro, ao contrário, se há números satisfatórios em nossa educação, provavelmente estes se devem, em parte, ao esforço heróico de meia dúzia destes profissionais que dão nó em pingo d’água. Estou falando da formulação pedagógica, falo do modelo de nossa educação, a quem esta serve? Qual sua intencionalidade? Certamente, que me dirijo ao que venho chamando de traço Pombalino da Educação, ou seja, a educação deve ser aristocrática pensada para atender aos nobres da côrte, esta total falta de desejo de estabelecer uma educação voltada para os  setores menos favorecidos viria produzir o atual quadro que ora comentamos. Como reverter esta lógica? Certamente, que a atual perspectiva educacional no Brasil não caminha para esta mudança, logo aos que não alcançam os números satisfatórios: Estes, ao contrário serão culpados pela sua incapacidade.
A maioria da população que não sabe ler ou escrever encontra-se no Nordeste, que detém 53,3% (7,43 milhões) dos analfabetos do país. Em 2000, a região concentrava 51,4%. Já a região Centro-Oeste concentra a taxa mais baixa de analfabetismo, com 5,5%. Entre 2000 e 2010 houve aumento de 0,1% no índice.
Todos os estados do país,com exceção de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, apresentam taxa de analfabetismo que supera 10%. A pior entre elas é Alagoas, que aparece em primeiro na lista, com 38,6% da população rural com 15 anos ou mais não sabe ler nem escrever, enquanto 19,58% da população das áreas urbanas também é analfabeta. Importante destacar que independente das relações que possam estar implícitas nestes dados, mais uma vez, encontramos Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Uma luz no fim do túnel;
Se comparado com o resultado do último Censo, realizado em 2000, houve queda de quatro pontos percentuais (13,6% de analfabetos em 2000 contra 9,6% em 2010). Mas a taxa ainda é longe de ser considerada ideal.

O desafio, portanto é potencializar esta mudança, valorar este cenário de avanço na diminuição das taxas de analfabetismo.
Construir um novo país é pensar em Immanuel Kant, quando este disse;
A Educação deve ser hoje melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje.







2 comentários:

  1. ...enquanto o políticos não forem alfabetizados, esse quadro não mudará...

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  2. O fato é que devemos fazer a nossa parte, trabalhar para que esse quadro mude e acima de tudo cobrar atitude dos governos.

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